terça-feira, 4 de outubro de 2011

gerente e agente estavam feitos...


Na segunda-feira, 26 de Setembro, vindo de Válega na minha Solex, passei pela Ovar Station, também conhecida por Roady - em São João de Ovar, uma das freguesias do concelho que me viu nascer. Comprei um retocador compact de cor branca, para retocar a Solex.

 Como o expositor estava fechado à chave a funcionária amavelmente foi buscar quatro retocadores de outros tantos tons de branco e levou-os até ao velocípede a motor, estacionado junto à porta de entrada da loja. Decidimo-nos pela referência 94, que supostamente seria a mais condizente com a cor da da Solex. Paguei cinco euros e cinquenta cêntimos pelo artigo e depois de agitar durante alguns minutos testei o líquido e a cor na pequena esmorradela junto a uma das malas. Incompreensivelmente das várias tentativas, nunca saía a cor branca em qualquer tom, mas sim sempre o mesmo líquido aquoso (igual ao do correction pen quando não se agita a caneta).
Obviamente reclamei junto da funcionária, esta encaminhou-me para o colega super-visor. Este negou-se determinantemente em ir junto da Solex comprovar a justeza da minha reclamação. Acossado e sem argumentos válidos, recorreu ao expediente do mau-pagador: de que os retocadores seriam exclusivamente para automóveis e não para velocípedes com ou sem motor. Não aceitei a espertesa saloia -  dizendo, que a qualidade que as tintas devem ter não estão dependentes de veículo para veículo. O verdadeiro problema  estava no líquido do retocador, que não tinha a mínima qualidade. Partindo do princípio, que o argumento seria válido - então o expositor devia estar devidamente identificado de que só seria aplicado em tinta de carros. Mais: sabendo a funcionária, de que o retocador seria para uma Solex, estava obrigada em nome da seriedade de informar correctamente o cliente. Nesta condições exigi o reembolso o qual foi prepotentemente negado e substituído por uma Nota de Crédito.
Reagi energicamente, já que face ao episódio não tinha mais condições para comprar mais o quer que fosse, tanto mais que era um regular cliente quer da loja quer da oficina de reparações e não podia dar o benefício ao infractor, porque estaria a pactuar com uma situação em que um qualquer fornecedor vendia "gato por lebre" e nunca seria prejudicado e sancionado, uma vez que recorreria sempre á nota de crédito a um cliente lesado e obrigá-lo-ia a trocar um produto sem qualidade por outro que eventualmente não estivesse interessado. Aliás a Nota de Crédito, é a confissão de que o retocador em causa não tinha a qualidade e o cliente tinha toda a razão. Perante o meu veemente protesto o gerente da loja, arrogante e mal-educado e talvez de cabeça perdida por o negócio não ir de vento em poupa, mandou-me falar baixo, ameaçando-me que me expulsaria do estabelecimento. Foi como pusesse gasolina na fogueira, incendiou-me,  e levou com tudo -  de que não me deixava intimidar  e condicionar nos meus direitos enquanto consumidor.
Abandonei a loja na Solex e eis, que chega ao parque de estacionamento do Inter-Marché, um veículo da PSP da divisão de trãnsito de Ovar, com dois agentes. Aproveitei a oportunidade para expor a situação vivida momentos antes. Como eram do trãnsito, disponíveis e educadamente, fizeram questão em saber se eu queria que eles chamassem um colega para tomar conta da ocorrorrência, o que delicadamente não aceitei. Mas um deles foi perentório: de que o fornecedor nesta situação estava obrigado a fazer o reembolso. Reforçado na minha razão, voltei à loja e transmiti isso mesmo ao gerente, que manteve a sua posição.
Saí... e nem de propósito: chegava ao parque de estacionamento do Inter-Marché - o segundo carro desta feita de patrulha da PSP com um agente a bordo, a quem relatei os factos. Este ao contrário dos colegas de trânsito, mal-educado e nada disponível, refugiando-se demagogicamente de que não poderia obrigar o gerente a devolver a importância e que se tratava de um conflito entre fornecedor e cliente e que não era para ali chamado. Calmo e educadamente tentei explicar-lhe de que o objectivo não seria obrigar a fazer o reembolso, mas tão somente fazer as habituais identificações, para legitimar a reclamação à entidade competente a ASAE e eventualmente uma queixa-crime por ofensas à minha honra. A muito custo o agente acompanhou-me ao interior da loja - onde fez as identificações do cliente e do gerente, este algo incomodado e nervoso, não reagiu da melhor maneira, levando-me a criticá-lo ásperamente, já que instigou o super-visor a não fazer o reembolso, mas sim a Nota de Crédito. Inexplicavel e extemporâneamente o agente da PSP, que ultimava as indentificações, reagiu parcial e malcriadamente dizendo alto e bom som: de que afinal eu é que fui o previricador e fui à loja para provocar a desordem, tomando claramente partido de uma das partes e logo daquela que não tinha qualque razão no conflito. Confesso que fiquei indignado com a posição de um "árbitro" que apenas estaria ali para identificar e mais nada lhe era devido. O seu rigoroso código profissional não lhe concede este tipo de procedimento e logo tomar posição por um logista. Dei como exemplo um acidente de viação - quando um ou mais agentes de autoridade tomam conta da ocorrência, está completamente vedado por lei dizer quem é o culpado e o inocente independentemente de eles o saberem, pois é aos peritos das seguradoras e ao tribunal se for esse o caso. Saí com o agente e mostrei-lhe toda a minha indignação pela sua abominável reação, que me tentou fragilizar perante um gerente  incorrecto e desonesto. Fui claro de que faria uma queixa ao Comissário da Esquadra de Ovar e ao Comando Distrital de Aveiro. Ressaviado e perturbado o agente reclamava de que eu além de ser mal-educado, estaria a convidá-lo a cometer uma ilegalidade, que seria obrigar o comerciante a fazer o reembolso. Nada mais falso. O prometido foi devido: no dia seguinte fui conversar com o Comissário da Esquadra de Ovar, que foi sensível aos meus argumentos e fiz reclamações ao Comando Distrital e ao IGAI, além claro... da ASAE.
Comentei com amigos e familiares, de que tinha feito uma queixa a um polícia. Eles nem queriam acreditar!  "Um agente de autoridade tem sempre de ser respeitado"! "Vais obviamnete sofrer as consequentes represálias". É esta a mentalidade do portuguesinho: "mais vale estar de bem de que de mal com os polícias", mesmo que estes atropelem a legalidade.

 jv

1 comentário:

  1. ou seja puta que pariu para a solex estes gajos vao para oficinas auto reparar bicicletas por isso e que este pais nao anda para a frente com tantos espertinhos

    ResponderEliminar