quinta-feira, 30 de setembro de 2010

roubo à sócrates...

O pacote de medidas de austeridade para calar os mercados financeiros, apresentado ontem pelo primeiro-ministro, a fazer de conta que estava muito constrangido - não têm eficácia legal. Valha-nos isso! É que o seu anúncio foi cirúrgicamente marcado para as 20:00 - foi só para quatro milhões de portugueses. Sócrates sabia que os outros seis milhões estavam nos cafés e nas tascas a ver em directo pela Sport TV o seu Benfica para a Liga dos Campeões contra os alemães do Schalk 04 (mas só enfiaram 2). Imagino como ficaram estes seis milhões, com o roubo do governo, dito socialista e a derrota do SLB, dito glorioso.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

sócrates no alentejo...

José Sócrates estava em campanha pelo Alentejo e depara-se com um alentejano a descansar. Decide então impingir-lhe a lenga-lenga dos políticos e ficaram os dois a conversar, até que Sócrates pergunta: - Olhe lá, se tivesse de trabalhar para o PCP e BE, quantas horas dava por dia?
- Para o PCP e BE nem uma! O Primeiro-Ministro todo contente diz para os seus botões: este ao menos não é comuna... - E para o CDS/PP, quantas horas trabalhava? Bem, para esses talvez quatro a seis horas. E para o PSD? Ah! Para esses trabalhava oito a dez horas por dia. Amigo, e para o nosso Partido Socialista, quantas horas tralhava então? Oh! Senhor Primeiro-Ministro, para o PS e para vocemessê, trabalhava as horas que fossem necessárias, vinte e quatro sem parar.
- Sócrates fica impressionado com a dedicação do alentejano e diz: - Assim é que é compadre! Esforço e empenho é do que precisamos. Olhe, já agora diga-me só uma coisa: qual é a sua profissão? - Sou coveiro...

 jv

domingo, 19 de setembro de 2010

palhaçada à madaíl...

Com o devido respeito pelos intervenientes - todo o processo para convencer Mourinho foi uma palhaçada. Madaíl, fez-me lembrar Sarkozy, estava e está em apuros perante os franceses e agarrou-se à ciganice.
O presidente da FPF, foi ultrapassado, geriu incompetentemente o dossier Carlos Queiroz e por isso ficou encurralado. Vai daí e jogou uma cartada: montando uma operação digna de um circo. Mas alguém acreditava que Mourinho, recém-chegado ao maior clube do mundo, estaria disponível para preparar a selecção e em dois jogos? Mas alguém de bom senso acreditava que Florentino Peres, permitiria que o seu treinador passasse de full-time a part-time? Mas alguém acreditava que um qualquer treinador de campo, fosse ele Paulo Bento ou outro estaria disponível para treinar a selecção por telemóvel a partir de Madrid?
Como é obvio o esgotado Madaíl sabia que ter José Mourinho, como seleccionador, era consensual e o único trunfo para que o actual presidente da FPF e porventura o seu vice, o velho do Restelo - Amândio de Carvalho, fizessem mais um mandato à frente dos destinos da Federação do Portugal da bola.

As recentes declarações em zag-zag de Mourinho e os esclarecimentos de Jorge Valdano, reforçam isso mesmo...isto tudo não passou de uma grande PALHAÇADA, e só lamento que o próprio Mourinho também entrasse no CIRCO. Aliás está a ficar algo arrogante e sobranceiro para o meu gosto. E tudo que ele diz, parece ser lei para os portuguesinhos - independentemente de ser um treinador de sucesso. Gilberto Madaíl, não só não conseguiu nada como contribuiu para o próximo seleccionador, entrar  fragilizado desde logo pela sombra do treinador do Real, mas também ter sido a segunda opção.

  jv

desfolhada...


Desde os meus tempos de criança em Salreu, que não participava numa desfolhada. Assim correspondendo ao apelo do José Ferreira, ontem, Sábado dia 18 de Setembro - fui até Pardilhó, onde pelas oito e meia da manhã, iniciei a participação na desfolhada - conjuntamente com o amigo Zé, o seu filho mais novo, e um amigo, a Ti Maria e outra colega e ainda o Albino Silva. Foi uma desfolhada diferente de todas as outras que participei quando vivi em salreu. Não foi na eira, mas sim na terra e com as canas em pé. Debulhávamos e arrancávamos as espigas para os baldes e destes para os sacos. Cerca das onze horas fez-se uma pausa para o merecido pequeno-almoço: croissants mistos com sumos e água, findo o qual regressámos às espigas, ainda com mais força, sob a alegria contagiante da Ti Maria.
 Foi um ver se te avias até perto da uma hora da tarde, de onde saímos todos para casa do Zé - onde foi servido o almoço, confeccionado pela cozinheira de todos os sábados: carne de vaca e porco e batatas, tudo assado no forno a lenha, regado por um bom vinho maduro tinto. Findo o repasto regressámos à terra, cerca das duas da tarde - para acabar com a desfolhada, que teve o seu términus uma hora e meia depois.  

Seguiu-se a segunda operação, esta já sem a participação das duas mulheres e do Albino. Foi alancar com os sacos das espigas para os carrinhos de mão e VW do Pedro, a fim de os transportar para a eira, onde umas espigas ficaram ensacadas  e outras ficaram espalhadas para serem posteriormente malhadas.

Um quarto de hora para as sete da tarde, foi o ponto final de uma desfolhada à moda de Pardilhó, que para mim durou mais ou menos dez horas. Seguiu-se o lanche: pão com presunto, paio e queijo, com cervejas e sumos.

Tive todo o gosto em dar o meu contributo, não só para reviver um longínquo passado, mas fundamentalmente em ajudar um amigo.    

  jv                                              

domingo, 5 de setembro de 2010

estado-social do ps...

Decorrente do acordo do centrão, PS/PSD, nos Programas de Estabilidade e Crescimento - os beneficiários dos apoios sociais, estão a partir de agora sujeitos à investigação da Segurança. Os cidadãos que auferem o Rendimento Social de Inserção, abonos de família, subsídios escolares e imagine-se o subsídio social de desemprego e outros, estão obrigados  a fazer a Declaração da Prova de condição de recursos, no período de 10 a 30 de Setembro e exclusivamente em http://www.seg-social.pt/, no serviço Segurança  Social Directa - tenham ou não computador, saibam ou não de informática.

Quantos idosos e carenciados, quantos analfabetos, vão perder as suas côdeas de rendimentos, porque vão deixar expirar o prazo legal por ignorância, e foi isso que o governo apostou para deixar de pagar mais umas migalhas e logos aos esfarrapados.
Um governo e um primeiro-ministro que tem o desplante de investigar os beneficiários dos apoios sociais e cobra 6,5% de impostos à Banca - é um governo de direita e não de esquerda e um Primeiro-Ministro, que é forte para os fracos e fraco para os poderosos.

  jv

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

sns do terceiro-mundo...

Num belo dia depois de um pequeno-almoço na esplanada do Café com o mesmo nome, junto à Ria de Aveiro na Torreira - onde fui  de bicicleta, a partir de Ovar, mais ou menos quarenta quilómetros.

O esforço foi  talvez muito devido sobretudo à viagem de regresso feita contra o vento. talvez por isso senti-me cansado e desfalecido. Almoçei pensando eu que seria fraqueza. Passados alguns minutos deu-me um forte ataque de tonturas e vertigens e entrei em pânico e não tive outro remédio senão chamar a ambulância do INEM. depois de algumas perguntas desnecessárias tais como: quais são os sintomas, e inacreditavelmente onde se situava a minha rua e um ponto de referência da mesma. Respondi que não era ocasião para este tipo de perguntas que só atrasam e põe em risco a vida dos doentes e como ser possível que uma ambulância do INEM, no século XX e na Europa não dispôr de um GPS para mais rapidamente chegar ao doente.
Como em Ovar o Hospital só existe para  algumas consultas de especialidade  e pouco mais. Fui transportado para o Hospital de São Sebastião em Santa Maria da Feira - onde na sala de urgências fui submetido a sôro e vários exames médicos.
Depois de cinco horas de sofrimento a médica de serviço informou-me de que os exames estavam todos bem, mas que seria necessãrio repeti-los seis horas depois.
Como estava exausto e no limite das minhas forças físicas e psicológicas pedi à médica para que me desse dez minutos para decidir se repetia e estava mais cinco horas ou pelo contrário assinava o termo de responsabilidade e voltaria no dia seguinte. Obviamente assinei o termo de responsabilidade e comprometi-me como o fiz voltar no dia seguinte. À ordem da médica um enfermeiro veio-me desligar os acessórios dos exames e reagiu grosseira e malcriadamente há minha legítima decisão, deixando entender que eu fora para a urgência não por necessidade, mas para brincar e que estive a gozar com o trabalho dele e dos colegas e ainda que era um irresponsável. Reagi violentamente, que não admitia tal insinuação, já que era a primeira vez que dava entrada no serviço de urgências do Hospital. Falei com a médica e fiz-lhe sentir que a atitude inqualificável do enfermeiro, não só era desrespeitosa para mim como para ela e desautorisava-a. A médica numa atitude corporativa não entendeu assim porque o objectivo era desresponsabilizar o colega. Como não tinha crachá de indentificação como está obrigado, exigi a sua identificação e contra todos os códigos de ética e deontológicos recusou-se determinantemente a fazê-lo.  Como estava determinado pedi à médica, á tarefeira e ao emfermeiro-chefe de turno e todos se escusaram a dar o nome do ennfermeiro prevericador, que soube a meu pedido uns dias depois pelo Serviço de Relações Públicas do Hospital, por email, qual era o seu nome a fim de executar a respectiva queixa.
Uma semana depois recebi pelo correio a "Nota de Alta" assinada pela médica que me assistiu - onde lamentavelmente constava imprecisões sobre a situação clínica, chegando ao ponto numa prova clara  de falta de rigor e profissionalismo dizer que tinha ido dar um passeio de bicicleta ás 14:00 - quando foi mais ou menos a essa hora que dei entrada no Hospital. Mas o pior foi no último parágrafo  da mesma Nota onde se atreveu a fazer considerações de ordem comportamental num boletim clínico, escrevendo: "Foi muito desrespeitoso e conflituoso com o pessoal de enfermagem, quando o estavam a alertar (calmamente e educadamente)". Uma inqualificável e grosseira falta á verdade dos factos, foi exactamente o contrário e foi nas "barbas" dela - é inaceitável que uma médica tenha tamanha pequenez de carácter, com o objectivo  único de branquear a indigna atitude de um profissional de saúde, que não merece defesa.

Em nome da indignação e defesa da honra - fiz reclamações para a Administração do Hospital, para as Ordens dos Enfermeiros e dos Médicos, e se a decisão não for aquela que espero, recorrerei para a ARS - Administração Regional de Saúde. Ainda tive a coragem e depois de algumas recusas, telefonar à médica em causa e exteriorizar toda a minha revolta com a sua indigna postura. Não teve a coragem de desmentir as acusações que lhe fiz, limitando-se a dizer que se estva indignado que reclamasse, que quando fosse chamada a depôr fá-lo-ia por escrito.
Nunca pensei a partir de uma sala de urgências de um Hospital distrital - ouvir o que eu ouvi e fundamentalmente ver o que vi em dez horas: uma prosmiscuidade entre enfermeiros, emfermeiras, médicos e médicas e cenas pouco edificantes para profissionais que estão sujeitos a rigorosos códigos de conduta. E assim vai o SNS em Portugal...

  jv

ciganice de sarkozy...

O presidente françês, Sarkozy - como está muito mal de sondagens, já que foi uma aposta perdida para  a grande maioria dos franceses. Populista e demagogicamente vingou-se  nos coitados dos ciganos romenos e búlgaros, como se eles fossem os culpados da crise em França ou da Europa dos vinte e sete. Argumenta Sarkosy que os ciganos que foram expulsos de França estão ilegais - mas embora sejam ciganos e racaios, não são cidadãos europeus? A Roménia e a Bulgária não são membros de pleno direito da UE? Esta Europa dita civilizada não tem que fazer qualquer coisa por essa gente? Todos sabemos que o populismo fácil dá votos. Aliás já aconteceu em Portugal nas últimas legislativas, há conta  do contra o RSI (rendimento mínimo), Paulo Portas e o CDS - subiram  contra todas as sondagens ao pódio da Assembleia da Répública.

Infelizmente não há só a ciganice de sarkozy. Em Portugal, ainda que Sócrates não seja cigano é no entanto um grande CIGANÃO:

  jv