domingo, 25 de outubro de 2009

para sempre widmond...

Não tenho palavras para o que acabei de ler no site da FPB. É para mim uma enorme dor saber que um jovem atleta veio dos EUA - encontrar a morte trágica no meu país e no meu clube. Kevin Widmond -  o base desta época morreu hoje vítima de paragem cardíaca no balneário do pavilhão de Leiria, durante o intervalo do jogo: Ovarense vs Académica - para a atribuição dos 3º e 4º lugares do troféu António Pratas.
O basquetebol em geral e Ovar em particular está de luto!

  jv

2 comentários:

  1. Estarás para sempre nos nossos corações Kevin.
    Um excelente jogador , uma perda inconsolável .
    Descansa em paz .

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  2. Do desfibrilhador à ambulância, faltava lá tudo!

    Não é fácil falar, muito menos viver estes momentos de grande frustração…a vida a esvair-se e o tempo a passar galopante, com desesperos, corridas e lamentos por todo o lado. Um médico que estava na bancada assegurou o suporte de vida, mas a sensação impotência, de nada se poder fazer para ajudar, era aterradora.
    É habitual encontrar-se nos eventos desportivos como um jogo de futebol ou outra modalidade, uma ambulância, bombeiros, um gabinete médico de prevenção ou uma qualquer forma de socorro. Neste caso em que uma prova de elevada qualidade competitiva e organizacional, falhou este pormenor que poderia ser a salvação de um jovem. O Pavilhão de Pousos e o Hospital de St.º André, distem cerca de 5kms entre si. Percorremos esse trajecto em escassos minutos, o que quer dizer que se houvesse uma simples ambulância, o transporte de Kevin Widmond poderia ser feito em manobras de reanimação e, quem sabe, poderia sobreviver. É este facto, a ausência total de um meio de socorro que me faz estar ainda agora, decorridas quase 8 horas desde o trágico incidente, incrédulo e revoltado pelo final infeliz que acabámos todos por viver. Poderia não haver um desfibrilhador, o que até poderia nem sequer ter qualquer utilidade, mas fica a marca de que somos desorganizados e não nos precavemos de eventuais problemas como este e outros que poderão acontecer… e são tantas as coisas que podem acontecer, capazes de destruir a vida de alguém, que se deve pensar seriamente como interpretarão os outros atletas esta falha que, francamente, lhes deve transmitir uma enorme sensação de fragilidade e insegurança.
    É certo que nem em todos os casos o DAE é eficaz, como é certo que se existisse um desfibrilhador no pavilhão, com um técnico qualificado para o utilizar, existiriam muito mais possibilidades do jovem jogador sobreviver.
    Numa prova como esta, a FPB poderia destacar este equipamento, ou pelo menos uma ambulância equipada com um DAE para os recintos...não sabemos se seria a forma de reanimar o atleta, mas o SBV foi garantido e durante cerca de 15 minutos, todos esperávamos ansiosamente pelo INEM. Numa situação destas, tempo é vida! Quanto mais tempo a vítima estiver em paragem cardio-respiratória, maiores serão as sequelas e maior é a probabilidade de não haver qualidade de vida, caso se consiga a reanimação.
    No campo das suposições, poderíamos supor tudo, mas no campo das obrigações, seria bom que as entidades competentes dessem o salto qualitativo e que, em provas de alta competição fosse obrigatório a presença de um DAE e do respectivo técnico. Resta agora ponderar sobre estes trágicos incidentes e agir...muito mais do que criticar ou acusar, o que não devolve a vida às pessoas, nem é percurso que encontre solução ou prevenção. Kevin jogou 10' e fez o último cesto da sua vida. Paz.

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