Desde os meus tempos de criança em Salreu, que não participava numa desfolhada. Assim correspondendo ao apelo do José Ferreira, ontem, Sábado dia 18 de Setembro - fui até Pardilhó, onde pelas oito e meia da manhã, iniciei a participação na desfolhada - conjuntamente com o amigo Zé, o seu filho mais novo, e um amigo, a Ti Maria e outra colega e ainda o Albino Silva. Foi uma desfolhada diferente de todas as outras que participei quando vivi em salreu. Não foi na eira, mas sim na terra e com as canas em pé. Debulhávamos e arrancávamos as espigas para os baldes e destes para os sacos. Cerca das onze horas fez-se uma pausa para o merecido pequeno-almoço: croissants mistos com sumos e água, findo o qual regressámos às espigas, ainda com mais força, sob a alegria contagiante da Ti Maria.
Foi um ver se te avias até perto da uma hora da tarde, de onde saímos todos para casa do Zé - onde foi servido o almoço, confeccionado pela cozinheira de todos os sábados: carne de vaca e porco e batatas, tudo assado no forno a lenha, regado por um bom vinho maduro tinto. Findo o repasto regressámos à terra, cerca das duas da tarde - para acabar com a desfolhada, que teve o seu términus uma hora e meia depois.
Seguiu-se a segunda operação, esta já sem a participação das duas mulheres e do Albino. Foi alancar com os sacos das espigas para os carrinhos de mão e VW do Pedro, a fim de os transportar para a eira, onde umas espigas ficaram ensacadas e outras ficaram espalhadas para serem posteriormente malhadas.
Um quarto de hora para as sete da tarde, foi o ponto final de uma desfolhada à moda de Pardilhó, que para mim durou mais ou menos dez horas. Seguiu-se o lanche: pão com presunto, paio e queijo, com cervejas e sumos.
Tive todo o gosto em dar o meu contributo, não só para reviver um longínquo passado, mas fundamentalmente em ajudar um amigo.
jv
jv
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